17 de maio de 2011

Ir.

Eu ando pensando
que é digno fugir.
outro lugar,
aquela capa invisível,
banca de jornais ,
com notícias de ninguém...
Vazia
para os vizinhos
para os próximos abraços,
para novos álbuns.
Dia-a-dia de outros planos,
E trabalho sem passado...

Depois do tanto que
se tenta entender,
dar nome,
dar sentido,
crer em  algo maior
crer que é tudo pequeno
buscar o tamanho real
sem dor...
E não se consegue
Uma mínima clareza...

Depois de tanto,
depois de
nenhuma nomeclatura 
possível,
Depois da incompreensão
das surpresas,
dos fatos,
dos casos...

Sim.

Fugir parece digno.

São tantas pedras
(no peito, no caminho, no sapato...)

Que fuga
Não pode mesmo
Ser espelho
De fraqueza.

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